sábado, 8 de agosto de 2015

UM GRITO EM BUSCA DE ALÍVIO!

“O Senhor já ouviu a minha súplica, o Senhor aceita a minha oração”. Sl 6.9


Este é o primeiro de sete salmos "penitenciais" no que o escritor humildemente se dá conta do problema em que está. Ele expressa sua dor por isso, e demonstra um renovado propósito de permanecer perto de Deus. Independente da causa, ele procura Deus para assim obter o perdão. Eis aqui um quadro vivo do homem que se encontra em calamitosa angústia por causa de severa enfermidade. Embora o salmista se refira aos seus inimigos, está em primeiro lugar clamando por alívio para a sua doença. A menção que faz da ira divina prova que ele imagina o seu sofrimento como resultado do pecado. As expressões nos versos 1 e 2: “não me repreendas”, “nem me castigues”, “tem compaixão de mim” mostram o reconhecimento do aspecto disciplinar do sofrimento. O escritor não nega sua culpa, nem proclama sua inocência. Seu castigo deve ser interrompido para que seu corpo emaciado possa ser restaurado. Tudo o que pode fazer é lançar-se sobre a misericórdia de Deus. O salmista claramente percebe que o livramento deve vir de fora, pois ele mesmo é inteiramente insuficiente. Assim como o salmista, devemos ser sinceros com Deus mesmo que estejamos cheios de irritação e desilusão. Esses sentimentos quando guardados a alimentados resultam em pelo menos uma ação exterior: atos precipitados; e outra interior: depressão. E como exercício da nossa confiança em Deus não devemos nos colocar como vítimas das circunstâncias, nem nos ver afligidos pela culpabilidade do pecado. Quando formos sinceros com Deus, Ele mesmo nos ajudará a tirar foco de nós mesmos, e nos apresentará a sua misericórdia por meio do seu filho Jesus. I Jo 1.9 diz: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele (Jesus) é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Rm 5.20 ainda diz: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus”. Quando Deus nos promete que nos perdoará, nós insultamos sua integridade quando recusamos aceitar o perdão. Os versos 6 e 7 apontam que embora a natureza de sua enfermidade esteja oculta, não há dúvida que sua tristeza é real e seu sofrimento intenso. Ele tem de suportar os insultos dos seus inimigos em aditamento à sua desgraça. Mas nos versos finais, ele, por conhecer o Senhor, sabe que o Senhor o ouviu. Dessa forma, prediz que todos os seus inimigos retrocederão porque Deus assumiu o comando. Que a nossa oração seja para que Deus nos dê a capacidade de enxergarmos a sua misericórdia e graça mesmo em meio às dificuldades da nossa alma. Só conseguiremos fazer isso quando realmente entendermos, por meio de sua Palavra, a dimensão profunda do significado do sacrifício de Jesus lá na cruz.


André Ramos

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