terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Que Foto Linda!

Estive com um amigo, com o qual tenho em comum a paixão pela fotografia, especialmente de paisagens e animais. Mostrando nosso trabalho um para o outro, várias vezes pronunciamos 'Que foto linda!”. Pensando bem, linda não é a foto, mas o objeto do qual a foto é somente uma expressão. Apenas colocamos a lente em frente ao alvo e apertamos o botão. Algumas noções técnicas e certos cuidados com a iluminação certamente ajudam. Mas o mérito mesmo é de quem teve o poder para criar os belíssimos cenários com o sol, a lua, o mar, as dunas – e tantos outros elementos da natureza que nos deixam boquiabertos. O mérito é de quem teve a sensibilidade artística para pintar de verde o pasto que alimenta as vacas que criou, tornar multicoloridas as penas do pavão, deixar quase invisíveis as asas da libélula. Do Deus Todo-Poderoso, Criador de tudo o que existe, é o verdadeiro crédito pelas mais belas fotos que alguém já produziu. Ao me deparar com uma atraente fotografia, continuarei exclamando 'Que foto linda!', mas tentarei sempre complementar, nem que seja mentalmente '... e que Deus maravilhoso, esse que criou não apenas o objeto fotografado, mas também a câmera e o próprio fotógrafo!'

Extraído do Ministério Falando de Cristo 

Pr. Mauro Clark

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Diferenças Acentuadas

Ora, havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se regalava esplendidamente. Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras; o qual desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as úlceras. Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado. No hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado. E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós. Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Respondeu ele: Não! Pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se arrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.[1]

O texto é riquíssimo em informações e lições. Há paralelos interessantíssimos entre o rico e o pobre. Vejamos alguns:
O rico não é mencionado pelo nome, mas é apresentado pelos bens que possuía e seu estilo de vida pujante. Lázaro, a despeito de não possuir nada, a Bíblia faz menção do seu nome. Isso é extremamente significativo, pois para o judeu o nome ressalta aspectos relacionados ao caráter, traços personalísticos e aponta para relação com Deus. A mensagem de Lucas parece ser clara: somos conhecidos por Deus não pelo que possuímos, mas pelo que somos. No mundo, as pessoas são reconhecidas pelo que tem. É o que somos que nos faz conhecidos de Deus. No texto, o rico tem muitos bens, mas o maior bem que um homem pode ter é ocultado, seu nome. O outro homem citado no texto não tem bens, mas seu nome é eternizado na Bíblia. Os bens não eternizam ninguém, já o nome...
Lázaro é uma abreviação da expressão hebraica que significa “aquele que Deus ajuda”.[2] A partir dessa designação muitos podem objetar: como alguém cujo nome significa “ajudado por Deus” pode sofrer tanto nesta vida? Nisso parece que Lucas fornece outra lição preciosa. Lázaro foi ajudado por Deus não para ganhar fortuna neste mundo, mas para estar preparado para enfrentar a morte. A morte chega para ricos e pobres. O rico tinha tudo, mas não estava preparado para o dia da morte. Lázaro não tinha nada, mas estava preparado para enfrentar a morte. São oportunas as palavras de Martin Luther King: “Quem não está preparado para morrer, não está preparado para viver”.
 O rico alimentava-se de finas iguarias, contudo banquetes não saciam a alma. Lázaro enfrentava a falta de pão, mas tinha o “pão da vida”. Lázaro alimentava-se de esperança no porvir. No porvir, o rico soube o que significou viver uma vida sem esperança.
O texto chega a ser irônico quando aponta para a maneira como o rico e o pobre são carregados após a morte. O rico quando em vida era carregado pelos braços dos homens. Lázaro, quando em vida, a única vez em que foi carregado por alguém foi para ser jogado à porta do rico. Que lição! Muitos são bajulados e carregados pelos braços dos homens neste mundo, mas se esquecem que depois da morte os mesmos braços nada poderão fazer, senão carregar o defunto para o cemitério. Lázaro, depois da morte, é carregado não por braços de homens, mas por anjos.
O rico, quando em vida, não percebe Lázaro, mas depois da morte, o mesmo Lázaro é a única referência do rico no hades. Lucas nos brinda com outra lição de valor incomensurável. As pessoas estão digladiando entre si em busca de reconhecimento. Ser notado pelos homens neste mundo é objeto de desejo do ego humano. O problema é que os mesmos que são notados neste mundo, podem ser aqueles que farão parte de uma multidão que gritará para ser notada e visitada por aqueles que foram desprezados neste mundo, mas cujas vidas foram ajudas por Deus e chegaram ao lar celeste.
O rico, quando em vida, não pede nada a Deus, pois tem tudo às mãos. Lázaro pede aos homens, mas não recebe nada. O rico depois da morte pede muito, mas não recebe nada. Lázaro não precisa pedir nada, pois o céu desceu ao seu encontro. As orações daqueles que são “ajudados por Deus” não se perdem. A eternidade pode ser a resposta de Deus às orações não respondidas em tempos de sofrimento.
Há duas palavras no texto que se repetem: tormento e consolo. O rico consolado em vida entra em tormento após a morte. Lázaro atormentado em vida, desfruta de consolo após a morte. Esta é a lição: Não vale a pena trocar o transitório pelo eterno. Muitos estão desesperados em busca da felicidade neste mundo vendendo e penhorando valores morais e espirituais. O sofrimento em vida não fez com que Lázaro abrisse mão da esperança no eterno. Buscar consolo neste mundo comprometendo o eterno é loucura.


[1] Bíblia Sagrada. Lucas 16:19-31. 
[2] GARDNER, Paul. . São Paulo: 2000. p. 406.

Pr. Manoel Neto

sábado, 10 de dezembro de 2011

O que ele pregou mesmo?

Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o SENHOR; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. II Corintios 4:5

No passar dos anos, estamos vivenciando um tempo de extrema modernidade. Carros, roupas, telefones, equipamentos eletrônicos, calçados e até mesmo equipamentos para oficinas.
A internet por exemplo, nos oferece muitos benefícios, como também nos oferece o risco de cair em uma cilada. Na era do modernismo e da tecnologia avançada, também temos problemas com equipamentos de ponta. Um celularzão que quebra, ou um carrão que deu problema. Sabemos que a qualquer momento isso pode acontecer.
Mas, há um produto que depois dessa era, desse movimento moderno (modernismo), infelizmente passou a ser desqualificado por muitos. Esse produto ao qual me refiro, são os "pastores moderninhos", pessoas que não sabem que estão mexendo com a eternidade de muitos. Quero mostrar pelo menos três características dos tais.
1º - Falam o que o povo gosta de ouvir, e não o que Deus tem para dizer: João quando estava batizando no Jordão, ele foi visitado pelos saduceus e fariseus. João podia agradar aqueles homens com doces palavras, mas foi o contrário. João Batista foi duro com eles lhes mostrando o quanto eles pensavam errados. Sem perder o foco da sua mensagem João ensinou, falou para eles o que deveriam fazer. Jo 3:7-10
2º - Falam deles mesmos e não de Cristo: O Senhor Jesus Cristo é o centro de uma pregação. Infelizmente vemos muitos e não poucos pregadores, que nem a Bíblia levam para o púlpito, e quando levam fazem igual aos sacerdotes que estavam perante Acabe e Joabe, que só falavam o que agradava ao rei Acabe. Naquela ocasião, apenas um homem falava da parte de Deus. Todas as vezes que falava, falava para agradar a Deus e não ao homem. Micaias era seu nome. Um homem temente a Deus, e por isso pregava o que Deus queria que fosse pregado, e não o que Acabe queria ouvir. 1 Rs 22:5-28
3º - Homens que não falam de "arrependimento": Falar de arrependimento nos dias de hoje? Piada! Dizer para o fulano se arrepender porque é chegado o Reino de Deus, que vão para o inferno se não se arrependerem. Eles não fazem isso. As pessoas estão avidas para ouvir uma palavra de ensino, de confronto ou até mesmo de arrependimento, e não essas balelas que vemos por aí principalmente na televisão. Homens que só falam em dinheiro, dinheiro e dinheiro. Quando não é isso é prosperidade, ensinando que se você não tem uma vida prospera, você não é filho de Deus, e muitas vezes nem sabe o que estão falando. Seus ouvintes saem pior daquele templo, do que quando chegaram. E o pior não é isso, o pior de tudo é que ainda tem deles que se perguntão. O que foi mesmo que ele pregou? E o resultado disso está aí, púlpitos ocupados por homens, púlpitos vazios, sem Deus, sem seu Santo Filho Jesus Cristo. Muitos púlpitos estão vazios.
Em meio a toda essa falsidade "evangélica", ainda há homens "crentes no Senhor Jesus Cristo, homens que foram levantados, ungidos, homens separados, os quais não falam o que querem, nem falam o que o povo gosta de ouvir. Esses homens, falam da parte de Deus aos corações daqueles que estão com sede, homens que consegue transformar os ouvidos de seus ouvintes em olhos", homens que como Paulo que pregava o seguinte: Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. I Corintios 1:24

Um sermão sem Cristo é a alegria do inferno. Charles Haddon Spurgeon

Mário Alves 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

JOSH HODGKISS


“Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra... Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” (Salmo 119:67,71).
      
Uma reportagem publicada recentemente no Globo.com acerca de uma criança de três anos chamada Josh Hodgkiss mexeu comigo. Eis a matéria:
          
             Uma queda ali, um arranhão aqui. Machucados fazem parte da rotina das crianças e os pais – não tem jeito – tem que se acostumar com isso. Mas para os ingleses Mark e Stephanie Hodgkiss, a situação é bem mais complicada. Eles são pais de Josh Hodgkiss, três anos, que sofre de uma doença rara que o impede de sentir dor e, por isso, ele se fere muito mais do que a maioria das crianças. Josh já cortou a língua ao meio com uma mordida, socou seu próprio olho e já arrancou a unha do dedão do pé com pregos. O garoto sofre de uma desordem genética rara chamada de síndrome de smith-magenis, que atinge 1 a cada 25 mil crianças. Além de não sentir dor, Josh não tem noção de perigo e dorme quando todos estão acordados e desperta quando as pessoas dormem, devido a uma inversão nos hormônios. Seus pais Mark e Stephanie tiveram que adaptar a casa para garantir a segurança do filho. Instalaram luzes sensoriais e criaram um espaço todo acolchoado para impedir que ele se machuque. “Dia desses, Josh saiu do banheiro e vi que tudo estava sujo de sangue. Ele tinha cortado a sua língua ao meio, mas não percebeu e foi assistir à televisão”, contou a mãe Stephanie ao jornal britânico Daily Mail. Apesar da doença, Josh frequenta uma escola especial e vai muito bem. Os médicos esperam encontrar um tratamento para amenizar os sintomas e permitir que o garoto leve uma vida mais normal.[1]

Josh não sente dor. É terrível para os pais de Josh saberem que seu filho não sente dor. Para alguns pais o filho sentir dor é um pesadelo, para os pais de Josh aguardar o filho sentir dor um dia é um sonho. Por incrível que pareça, a dor para os pais de Josh é uma bênção. Mas a dor não se constitui bênção apenas para Josh e seus pais. A dor é um mecanismo de defesa. A dor faz crescer. A dor molda caráter. Nas palavras de Philip Yancey e Paul Brand a dor é uma “dádiva”[2]. Para Josh uma vida normal significa sentir dor. Perguntem aos pais de Josh e eles lhe dirão que a vida sem dor não é normal. Tudo que eles esperam é que um dia seu filho sinta dor.
O salmista também entendeu assim quando disse: “Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra... Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos”.

Oração: Querido Deus, ajuda-me a enxergar benefícios no sofrimento, por mais absurdo que isso possa parecer.

Pr. Manoel Neto



[1] http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/1,,EMI241293-17729,00.html. Acesso em 15.06.2011.
[2] YANCEY, Philip. BRAND, Paul. A Dádiva da Dor. traduzido por Neyd Siqueira. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mercadores da Palavra de Deus

Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus. II Corintios 2:17

 Na TV, lá estava um pregador muito bem vestido, com um enorme copo d'água na mão, dizendo 'Vamos agora beber esta água ungida e abençoada'. Antes que ele desse o primeiro gole eu já mudura de canal. E lá estava outro, diante de um auditório enorme, incitando o povo a olhar para a Bíblia que ele tinha na mão. O mero vislumbre da Palavra de Deus, garantia o pregador, assegurava o recebimento de grandes bênçãos, até mesmo a cura de um parente doente em casa.
Lembrei-me da passagem sobre a qual preguei no último domingo, em que Paulo dizia não estar como 'tantos outros, mercadejando a palavra de Deus'. (2Co 2.17). O termo grego traduzido por 'mercadejar' significa aumentar os lucros com a venda de mercadoria adulterada (Strong). Misturada com a minha tristeza, veio a alegria de poder comprovar, a cada dia, o quanto a Bíblia é aguda, precisa, atual.

Obs: A postagem original não possui a imagem.
Pr. Mauro Clark

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Entre o Sonho e a Realidade

“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (Ef 3:20).

Havia nos arredores de uma cidade três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes. A primeira, olhando para as estrelas, disse: “Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada”. A segunda, olhou para um pequeno riacho e suspirou externando seu sonho: “Eu quero ser um grande navio de luxo para transportar reis e rainhas”. A terceira árvore olhou para o vale e disse: “Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto para que as pessoas ao olharem para mim ergam os olhos mais um pouquinho e pensem em Deus.
Muitos anos se passaram. Certo dia três lenhadores cortaram as três árvores ao mesmo tempo. Todas ansiosas esperavam serem transformadas naquilo que um dia sonharam. Mas lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos... Que pena!
A primeira árvore acabou sendo transformada num simples coxo de animais. A segunda foi transformada num pequeno barco de pesca que carregava pessoas simples e peixes todos os dias. E a terceira, mesmo um dia tendo sonhado em permanecer no pico da montanha e crescer muito, acabou sendo cortada em grossas vigas e colocada de lado num depósito. As três árvores em várias ocasiões perguntaram para si mesmas tristes e desiludidas: “Para que isso?" “E o meu sonho?”
Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, uma jovem mulher colocou seu bebê recém nascido naquele coxo de animais. A sublimidade da ocasião levou a primeira árvore a perceber que ela continha o maior tesouro do mundo.
A segunda árvore em forma de barco transportando alguns homens, um em especial, acabou dormindo debruçado sobre uma de suas tábuas. Em meio a uma grande tempestade quando a embarcação e todos à bordo estavam prestes a afundar aquele que estava dormindo se levantou e disse ao mar revolto: "Sossegai". Num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei dos reis, o Senhor dos Céus e da Terra.
Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela, pois fora condenado à morte, mesmo sendo inocente. A princípio se sentiu horrível e cruel. Mas, no domingo o maior acontecimento da história revelou àquela árvore que ela havia estado unida por horas ao Salvador do mundo e que ela seria lembrada para sempre como um símbolo da história da salvação. De fato, ela percebeu que todas as vezes que alguém olhasse para ela se lembraria de Deus e daquele que fora pregado nela.
Eis uma pequena história que talvez tipifique a nossa própria história. As árvores tinham sonhos, no entanto, os acontecimentos pareciam levá-las para muito longe daquilo que um dia sonharam. O corte do machado para as duas primeiras árvores que a princípio parecia dar início a um lindo sonho prestes a se realizar, com o passar dos dias, se transforma apenas em agonia e decepção. Para a terceira árvore não foi necessário mais do que uma pancada do machado para ver o sonho tombar.
À semelhança dessas três árvores os acontecimentos muitas vezes nos forçam a acreditar que nossos sonhos jamais serão realizados. A força das circunstâncias, por vezes, tenta matar os nossos sonhos. As circunstâncias às vezes são como uma lâmina afiada de um machado impiedoso. Contudo, a palavra final em nossas vidas não é a resultante de circunstâncias. O que parecia o fim para as árvores, na realidade fazia parte de algo mais sublime da parte de Deus. As circunstâncias não fizeram morrer os sonhos das árvores, antes contribuíram para algo mais sublime. As circunstâncias têm o poder de nos fazer esmorecer e lançar dúvidas quanto a realização de nossos sonhos, mas nunca de frustrar os planos de Deus.
Há uma semelhança entre as três árvores. Há algo comum nas três árvores. Jesus está bem próximo. No coxo, no barco, na cruz. Isso é significativo, pois a palavra de Deus diz: “Pois, tantas quantas forem as promessas de Deus, nele (Cristo) está o sim; portanto é por ele (Cristo) o amém, para glória de Deus por nosso intermédio” (II Cor 1:20). Que coisa maravilhosa! Em Cristo, com relação as promessas de Deus, só duas coisas podem acontecer: Sim e amém! Sabe o que isso significa? Vai acontecer! O Que Deus mesmo nos fez sonhar em Cristo vai acontecer!
As circunstâncias por mais sombrias que sejam não têm a palavra final. As árvores sonharam, contudo as realizações de seus sonhos foram além das mais otimistas expectativas. Isso soa familiar, pois a palavra de Deus assim diz: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (Ef 3:20). Jesus é o elo que une o sonho à realidade.

ORAÇÃO: Querido Deus, restaura os meus sonhos a partir de uma nova compreensão de Cristo em minha vida. Não permitas que eu fique à deriva das circunstâncias desta vida.


Pr. Manoel Neto

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pai Exemplo


“... ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal” (Jó. 1.8).

 Fiquei órfão há mais de trinta anos. Poucas lembranças tenho do meu pai, mas as que guardo alegram meu coração. Hoje sou pai, precisamente há oito anos e três dias. Aprendi, com alguns exemplos, mais sobre o que não fazer como pai do que realmente fazer. A figura do pai me faltou, mas vendo o exemplo dentro da própria Igreja de alguns outros homens de Deus, o Senhor supriu todas as minhas necessidades, conforme Ele mesmo prometeu em Fil. 4.19.
Ao longo desses anos tenho buscado, na Palavra de Deus, princípios que me permitam ser exemplo para minha filha. Nossa sociedade carece de pais modelo. Encontrei em Jó um pai que pode nos servir de exemplo a partir da constatação de cinco características do pai Jó, as quais considero imprescindíveis àqueles que almejam, assim como eu, se tornarem exemplos para seus filhos. Vejamos então alguns princípios que tornaram Jó um pai modelo:
Primeiro: Jó tinha uma vida íntegra. Quem conceitua Jó é o próprio Deus. (Jó. 1.8) “... ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.” Homem de caráter irrepreensível, vivia o que ensinava. Creio, à luz da Palavra de Deus, que a maior herança, riqueza, fortuna que um pai pode deixar para os filhos é o exemplo de uma vida irrepreensível.
Segundo: Jó cultivou e incentivou a amizade entre seus filhos. Conheci uma família no Ceará, em que o pai odiava os filhos e era odiado pelos mesmos. A mãe morreu de desgosto enquanto os irmãos digladiavam entre si numa verdadeira batalha. Já os filhos de Jó eram amigos uns dos outros conforme registro em Jó 1.4, “Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes (...) e mandavam convidar as suas três irmãs ...”. Os filhos de Jó celebravam a vida em harmonia uns com os outros graças ao incentivo do pai.
Terceiro: Jó cuidava pessoalmente da vida espiritual dos seus filhos. “Chamava Jó a seus filhos e os santificava” (Jó 1.5). Que exemplo! Um pai preocupado com a santidade dos filhos. Um pai preocupado com a santidade dos filhos. Um pai compromissado com a formação espiritual dos filhos. Um pai que não abriu mão da responsabilidade de formar um caráter cristão em seus filhos, bem como internalizar valores do céu no coração dos filhos.
Quarto: Jó orava pelos seus filhos (Jó 1.5) “... Jó levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles...” . A despeito de ser um homem muito rico, agenda super-lotada, compromissos de negócios Jó acordava de madrugada e orava por seus filhos. O urgente nunca ofuscou o compromisso de Jó em buscar a face de Deus em favor de todos os seus filhos, sem exceção, pois diz o texto “segundo o número de todos ele”. Jó verdadeiramente era sacerdote do seu lar. Nada era mais importante para Jó do que interceder em favor de seus filhos.
Quinto: Jó priorizou os filhos. Em Jó 1.5 diz que “Assim Jó o fazia continuamente”. Nunca houve por parte de Jó alternância com relação aos filhos. A prioridade de Jó não eram os seus camelos, seu gado, suas jumentas, sua riqueza, mas os seus filhos. O tempo primeiro de Jó era dedicado aos seus filhos. Jó nunca desistiu de orar pelos filhos. Jó acreditava que um pai de joelhos, filhos em pé. Certa vez ouvi Mike Murdock afirmar que a lembrança mais vívida que ele tinha de seu pai era a de um homem de joelhos. Chegou a afirmar que viu seu pai mais de joelhos do que em pé. O pai exemplo não é aquele que conquistou o mundo dos negócios e visita as páginas da fama, mas aquele que se curva diante de Deus em favor dos seus filhos. Sejamos um pai exemplo!

ORAÇÃO: Querido Deus ajuda-me a ser um pai exemplo. Que as virtude de Jó como pai me impulsione a imitá-lo.

Pr. Manoel Neto

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Você ama de verdade?

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbesse. 1 Co. 13:4 

Você se alegra com sucesso dos outros? Mesmo quando se trata do seu antigo colega de escola, que tinha menos recusros do que você e agora lhe dá carona no carrão novo?
          
Sente-se bem com o sucesso do colega no vestibular (aquele mesmo que estudou com você o ano inteiro), enquanto você se matricúla novamente no cursinho?
          
Consegue admirar a beleza de pessoas mais bonitas do que você, sem procurar com uma lente defeitos em cada centimetro do corpo delas?
        
Perguntas difíceis de responder? Não, se hovesse amor.

Extraído do livro: Você ama de verdade?
Mauro Clark
www.falandodecristo.com



terça-feira, 25 de outubro de 2011

O IMPERATIVO COMO EVIDÊNCIA DO INDICATIVO

“Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra” (Colossenses 3:5).

O modo verbal Indicativo exprime atitude de certeza. Já o modo verbal Imperativo exprime atitude de vontade, isto é, ordem, convite, conselho, suplica, pedido. O apóstolo Paulo tinha acabado de dizer aos Colossenses: “porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. Então, lhes é dito, “mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra”. Nesse caso, há um indicativo e depois um imperativo. Nós não somos ordenados a mortificar nossos desejos pecaminosos para nos tornarmos mortos, mas porque já estamos mortos. Ser não é o resultado de fazer, mas fazer é o resultado de ser.
Mais adiante Paulo adiciona essas palavras aos Colossenses: “Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos” (Colossenses 3:9). De novo é possível ver o imperativo como evidência do indicativo.  O imperativo para parar de mentir só é possível porque já há um indicativo. Mentir faz parte da roupagem do velho homem, mas agora temos uma nova roupagem que indica uma outra condição.
Neste início de século XXI, mais que qualquer outro momento histórico, faz-se necessário uma relação orgânica e fecunda entre a espiritualidade, a razão e a práxis religiosa. Vivemos num tempo de vertiginosas transformações técnicas, científicas, culturais e sociais. A transformação que o Espírito de Deus proporciona, porém, é de outra ordem, mas acontece no meio do mundo, entre as pessoas, nas comunidades e nas igrejas. É o Espírito de Deus, presente no mundo, em meio às pequenas e grandes mudanças, que nos inspira e nos orienta para caminharmos em fé, esperança e amor. Esse tripé que pode transformar o mundo é o resultado de quem já foi alcançado pela graça de Deus. É um indicativo. O foco não são os imperativos da vida cristã, mas o indicativo. Por que somos, podemos então cumprir os imperativos. Na vida cristã, imperativos dissociados do indicativo não tem valor.
A ética paulina no que se refere à vida cristã aparece no que podemos denominar de pólos “Indicativo e Imperativo”. O “Indicativo” se dá em dois momentos-chave: o primeiro é o evento da vinda de Cristo e o segundo é o começo da salvação. Dois momentos em que Deus salva, santifica e possibilita viver a vida cristã.
Já o “Imperativo” enfatiza a responsabilidade humana perante tudo o que Deus deu à humanidade, ou seja, o que Cristo fez é base para tudo o que o cristão deve fazer. O Indicativo nos possibilita viver num contexto social, num mundo pagão hostil, no meio de desavenças mesmo dentro da comunidade cristã, e também em pontos precisos tais como: ética sexual, casamento, nas relações sociais, dentre outros. Mas, sem dúvida, a ética e os imperativos dos escritos paulinos vão muito além disto. Contudo o Espírito Santo, como agente moral sobre os convertidos capacita-os a viverem todos os imperativos da vida cristã.

ORAÇÃO: Querido Deus livra-me da inclinação de querer cumprir ordenanças sem experimentar uma transformação interior. Senhor, bem sei que cumprir imperativos sem ser é, no mínimo, hipocrisia.

Pr. Manoel Neto


domingo, 23 de outubro de 2011

O erudito e a bolha de sabão

A ciência incha, mas o amor edifica 1 Co 8:1b

Pesquisando na Internet achei em uma livraria na cidade de São Paulo, um livro do pastor Mauro Clark que fala a respeito do amor. Seu título é: VOCÊ AMA DE VERDADE? 
Depois de tentar ouvir na Internet e não conseguindo, resolvi então comprar um de seus exemplares.
Na segunda parte, no capitulo seis cujo o título é "Inchado", lemos o seguinte. 

            O professor recém-formado havia sido um aluno brilhante, dos melhores que haviam passado pelo seminário. Notas altíssimas, do primeiro ao último ano. Recebe uma bolsa para mestrado no exterior e brilha também lá fora. Retorna dois anos depois, trazendo na bagagem os mesmos resultados: desempenho excepcional. 
            Elogiado e respeitado por todos, retoma as atividades de professor, com a eficiência de sempre. Lia o Novo Testamento direto do grego, como se fosse em português. Em pouco tempo inicia um movimento para modificar a estrutura do seminário. Logo depois se envolve em conversas que questionavam a honestidade do diretor, um pastor com duas décadas de serviço e muito respeitado. Os dirigentes do seminário convocam o jovem professor para explicações. Olhar altivo e atitudes arrogantes, ele se recusa a comparecer e se demite com uma carta agressiva, fazendo-se de vítima. Muda-se para outra cidade, onde assume cargo em entidade evangélica. Pouco tempo depois se transfere para outra região do país e abandona o ministério. Na memória de muitos que conheceram o jovem mestre, a lembrança de uma inesquecível aula de muito conhecimento e pouco amor.  
            Quando diz "a ciência incha, mas o amor edifica", l Co 8:1b R.C. Paulo não estava condenando o conhecimento, mas a arrogância que o acompanha. Erudito que era, ele nunca se iludiu, acreditando que sua cultura, em si, valia alguma coisa. Nas exposições do Evangelho não hesitava em lançar mão do seu saber, mas em atitude humilde, cheio de amor pelas pessoas, plenamente consciente de que o importante era ser aprovado por Deus.  
            Tal como uma bolha de sabão, a erudição tem aparência bonita e atraente, mas é vazia e sem utilidade. Apenas quando utilizada em amor, é que adquire a solidez de material nobre, valioso e útil ao serviço de Deus.

Extraído do livro: VOCÊ AMA DE VERDADE?
Pr. Mauro Clark

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Agüente um pouco mais!

A cerimônia se prolongava, os minutos pareciam horas. Bem à frente, um garoto, roupa já amarrotada e cabelo despenteado, não conseguia esconder o enfado. Balançava as pernas, olhava para cima, depois para os lados, girava na cadeira. De vez em quando dava uma espiada nos pais, sentados logo atrás, testando até onde poderia ir nessa demonstração de irrequietude. Os pais, é claro, faziam o que podiam para gerar no filho uma reserva extra de paciência.
Algumas filas atrás, um senhor observava tudo... morrendo de inveja! É que ele estava mais enfadado do que o garoto, mas não podia externar. Essas coisas são para meninos. Em eventos solenes gente grande fica bem quietinha, mal piscando os olhos.

Tudo bem. Convivamos com regras sociais. Se todo adulto fosse demonstrar desassossego em reuniões – sejam de que natureza forem -, questiono seriamente se ainda haveria alguma em condições de existir.

Mas passando para um plano mais profundo, em que se mesclam o psicológico e o espiritual, quando estamos em desassossego de coração, aí sim, acho que deveríamos externar. Um dos recursos mais poderosos para aliviar uma alma aborrecida é compartilhar com pessoas queridas, deixando transparecer o quanto estamos irrequietos. E tentarão ajudar, nem que seja nos animando a perseverarmos um pouco mais.

Penso que aquele menino recebia uma injeção de ânimo cada vez que o pai dizia sussurrando 'Vai já terminar'. E num dado momento, terminou mesmo!

Haverá um dia em que cada enfado espiritual finalmente terá desaparecido. E por difícil que tenha sido suportar todos eles, algumas no limite da nossa capacidade, como foram úteis os irmãos para quem compartilhamos e que tentaram nos ajudar, mesmo com um simples “Agüente um pouco mais!”.

Extraído do Ministério Falando de Cristo
Pr. Mauro Clark
www.falandodecristo.com

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Caminho seguro

   Na vereda da justiça está a vida, e no caminho da sua carreira não há morte. Provérbios 12:28

     Sabemos que o Senhor Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Existem caminhos que não levam o homem para lugar nenhum. Aliás, a Bíblia nos ensina que há caminhos que aos olhos do homem parecem ser pefeitos, mas ao final acaba em morte. Pv 14:12. Muitas vezes tomamos caminhos incertos, caminhos inseguros, caminhos que nos faz retroceder, que nos atrapalha, camihos cheios de embaraços e caminhos que leva o homem a morte. Quando o Senhor fala que Ele é caminho, claro, entendemos que Ele é o único caminho para o Pai. Más, além de ser Ele o único caminho, Ele é também o caminho seguro, o caminho que garante nossa chegada até ao Pai. É verdade que podemos cair, que podemos tropeçar durante nossa caminhada até ao Pai.
         A Palavra de Deus, está cheia de passagens que falam a respeito de caminhos. No livro de Provérbios, encontramos cerca de 49 passagens falando a respeito de caminhos. E uma das mais belas, e que me chama a atenção, é a do texto áureo. Quando seguimos pelo caminho da justiça, nele encontramos segurança, e esse caminho que é seguro, nos conduzirá para a vida eterna ao lado do Senhor Jesus. Esse caminho nos preserva firmes, nos livra de tropeço, e também nos livra da morte. Porém, isso é apenas para aqueles que querem seguir pelos caminhos da justiça, que querem ser preservados da morte, e esses caminhos são para os que o amam e obedecem a Palavra de Deus.
          Se estivermos atentos a voz do senhor, iremos ouvir seus conselhos e teremos sabedoria para caminhar seguros pelo seu caminho. Pv 23:19

Mário Alves
     

sábado, 8 de outubro de 2011

CARACTERÍSTICAS DE UM SANTO HOMEM DE DEUS - PARTE 2/2


 “Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (II Reis 4:9)

SEXTA: Um santo homem de Deus busca formas de abençoar as pessoas que são bênçãos em sua vida. Não se encastela em sua redoma. “Que há de se fazer por ti”, “haverá alguma coisa de que se fale a teu respeito ai rei, ou ao seu comandante?” (II Rs 4:13). Um santo homem de Deus é grato. A Sunamita abençoou a Eliseu e o profeta sempre foi grato por isso. Nada mais triste do que um profeta ingrato!
SÉTIMA: Um santo homem de Deus é instrumento de Deus para transformar o amargo em doce. A morte em vida. A esterilidade em frutos. Sofrimento em alívio. Fome em abundância. Ver II Rs 2: 19-22 e 4:1-8; 42-44). Um santo homem de Deus é instrumento de Deus para mudar situações impossíveis.
OITAVA: Um santo homem de Deus tem discernimento espiritual. Enxerga a dor das pessoas. Enxerga a angústia de alma. Enxerga a soberba. Enxerga a providência de Deus em meio às adversidades. Ver II Rs 4:25-27, 42-44; 5:11-13). Coisa triste quando um homem de Deus confunde a dor de alma! No primeiro capítulo de I Samuel temos um caso triste em que o sacerdote Eli confunde a tristeza da alma de Ana com embriaguez.
NONA: Um santo homem de Deus não se desespera diante dos inimigos, pois sabe a quem serve. Mesmo em meio ao cerco do inimigo, mesmo encurralado enxerga os exércitos de Deus a seu favor, ver (IIRs 6:17).
DÉCIMA: Um santo homem de Deus leva os mortos para o quarto. Ao chegar na casa da Sunamita Eliseu leva o menino para o quarto. Há uma luta. Há uma identificação olho com olho, boca com boca. Há vestígios de vida, mas Eliseu não se contenta. Ele agoniza para ver o menino ressuscitado. Ver 4:33-35). Um santo homem de Deus não descansa enquanto a vida não chega onde a morte impera.
Em II Reis 13:14,20,21 há um relato interessantíssimo. “Depois morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiram a terra à entrada do ano. E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram uma tropa, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem, e tocando os ossos de Eliseu, reviveu, e se levantou sobre os seus pés”. Que Eliseu foi bênção em vida o texto sagrado atesta isso, mas Eliseu continuou sendo bênção mesmo depois de sua morte. Depois da morte Eliseu continuou abençoando. Depois de 2800 anos Eliseu continua falando. Um santo homem de Deus vive de tal maneira que mesmo depois que morrer se alguém se encostar na sua história será abençoado. Será que a nossa história inspirará pessoas a viverem?

ORAÇÃO: Querido Deus, ajuda-me a refletir as características de Eliseu. Que a expressão “homem de Deus” não seja apenas nomenclatura, mas que por meio de minhas atitudes isso seja uma realidade.  

Pr. Manoel Neto

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CARACTERÍSTICAS DE UM SANTO HOMEM DE DEUS - PARTE 1/2


“Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (II Reis 4:9)

Os dias de Eliseu eram dias difíceis. Adoradores de Baal, o deus que recebia maior destaque entre os cananeus. Havia fome, Guerras e conspirações monárquicas internas e externas. O cerco de nações pagãs era uma ameaça constante. Foi nesse contexto que surgiu um homem chamado Eliseu. No texto lido há uma referência a Eliseu: “Um santo homem de Deus”. À luz desse texto e da vida de Eliseu registrada no livro de Reis quero alistar dez características de um “Santo homem de Deus”, quais sejam:
PRIMEIRA. Um santo homem de Deus quebra todas as pontes que possibilitem um retorno ao passado (I Rs 19:19-21). O chamado para andar com Deus não tem retorno, não tem volta, é irreversível. A Bíblia elenca vários exemplos. Mateus, os discípulos de Jesus, entre outros. Já a mulher de Ló se tornou um monumento da incredulidade, pois não conseguiu “deixar para trás” a Sodoma que sempre existiu nela. São oportunas as palavras de Cristo: “Quem tem posto a mão no arado não pode olhar para trás”.
SEGUNDA: Um santo homem de Deus tem o seu procedimento testemunhado pelas pessoas. “Vejo que és” (II Rs 4:9). A Sunamita estava vendo, os discípulos de Eliseu estavam vendo, a serva de Naamã sabia, reis sabiam, súditos sabiam, havia um consenso: Eliseu era um santo homem de Deus. As pessoas estão vendo que você é um crente fiel? Seu testemunho tem falado tão alto a ponto das pessoas comentarem?
TERCEIRA: Eliseu era um santo homem de Deus porque seguia um grande modelo: Elias (Veja II Rs 2). A expressão comum no texto é: “Não te deixarei”. Quem tem sido seu modelo? Quem tem sido seu referencial, seu herói? Quem tem exercido influência em sua vida? Um santo homem de Deus sabe a quem segue. “Olhando firmemente para o autor e consumador da nossa fé”.
QUARTA: Um santo homem de Deus não negocia a graça de Deus. Eliseu não aceita o dinheiro de Naamã. Eliseu não vende ministério. Eliseu não se vende. Eliseu não fica refém do dinheiro de Naamã. Lembram-se da oferta feita pelo rei de Sodoma a Abraão em Gn 14:21-23? Assim como Abraão Eliseu era incorruptível.
QUINTA: Um santo homem de Deus crê na intervenção sobrenatural de Deus (II Rs 2;14). Eliseu perdeu Elias, mas não perdeu a fé no Deus de Elias. O verbo do mover de Deus não pode ser conjugado só no passado e no futuro. Deus realiza milagres hoje. 

Pr. Manoel Neto